Ana Hatherly
Ana Hatherly, nada no Porto o 8 de maio de 1929 e finada en Lisboa o 5 de agosto de 2015, foi unha poetisa, ensaísta, investigadora, tradutora, profesora universitaria e artista plástica portuguesa.
Biografía | |
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Nacemento | 8 de maio de 1929 Porto, Portugal |
Morte | 5 de agosto de 2015 (86 anos) Lisboa (Portugal) |
Lugar de sepultura | Cemitério dos Olivais (pt) |
Educación | Universidade de California, Berkeley Universidade de Lisboa |
Actividade | |
Ocupación | pintora, poetisa, escritora, profesora universitaria, debuxante |
Período de actividade | (Con vida en: 1976 ) |
Empregador | Universidade Nova de Lisboa |
Membro de | |
Traxectoria
editarMembro destacado do grupo da Poesía Experimental Portuguesa nos anos 60 e 70, ten unha extensa bibliografía poética e ensaística. Dedicouse tamén á investigación e divulgación da literatura portuguesa do período barroco tendo fundado as revistas Claro-Escuro e Incidências. Licenciada en Filoloxía Xermánica pola Universidade Clássica de Lisboa, doutorouse en Estudos Hispánicos do Século de Ouro na Universidade de California en Berkeley. Profesora Catedrática da Faculdade de Ciencias Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa onde fundou o Instituto de Estudos Portugueses. Membro da Dirección da Asociación Portuguesa de Escritores nos anos 70, foi tamén membro fundador e despois Presidente do P.E.N. Clube Português e Presidente do Committee for Translations and Linguistic Rights do P.E.N. Internacional.
En 1978 foi agraciada pola Academia Brasileira de Filoloxía do Río de Xaneiro coa medalla Oskar Nobiling por servizos distintos no campo da literatura. En 1998 obtivo o Grande Prémio de Ensaio Literário da Asociación Portuguesa de Escritores; en 1999 o Premio de Poesía do P.E.N. Clube Português; en 2003 o Premio de Poesía Evelyne Encelot, en Francia, e o Premio Hannibal Lucic, na Croacia.
Paralelamente ten unha carreira como artista plástica, iniciada nos anos 60, cun extenso número de exposicións individuais e colectivas en Portugal e no Estranxeiro. Obras súas están incluídas nos principais Museus de Arte Contemporánea portugueses e en coleccións privadas nacionais e estranxeiras.
Diplomada en técnicas cinematográficas pola International London Film School, nos anos 70 foi docente na Escola de Cinema do Conservatorio Nacional, e no AR.CO (Centro de Arte e Comunicación Visual), en Lisboa. Existen copias dos seus filmes no Centro de Arte Moderna da Fundación Calouste Gulbenkian e no Arquivo da Cinemateca Portuguesa, en Lisboa.
Obra
editarPoesía
editar- Um Ritmo Perdido. Lisboa: Ed. Aut. (1958)
- As Aparências. Lisboa: Sociedade de Expansão Cultural (1959)
- A Dama e o Cavaleiro. Lisboa: Guimarães Editores (1960)
- Sigma. Lisboa: Ed. Aut. (1965)
- Estruturas Poéticas - Operação 2. Lisboa: Ed. Aut. (1967)
- Eros Frenético. Lisboa: Moraes Editores (1968)
- 39 Tisanas. Porto: Colecção Gémeos, 2 (1969)
- Anagramático. Lisboa: Moraes Editores (1970)
- 63 Tisanas: (40-102). Lisboa: Moraes Editores (1973)
- Poesia: 1958-1978. Prefácio de Lúcia Helena da Silva Pereira - Lisboa: Moraes Editores (1980)
- Ana Viva e Plurilida. in Joyciana (ob. colec.), Lisboa: &etc (1982)
- O Cisne Intacto. Porto: Limiar (1983)
- A Cidade das Palavras. Lisboa: Quetzal (1988)
- Volúpsia. Lisboa: Quimera (1994)
- 351 Tisanas. Lisboa: Quimera (1997)
- Rilkeana. Apresentação de João Barrento e Elfriede Engelmayer - Lisboa: Assírio & Alvim (Prémio de Poesia do PEN Clube Português) (1999)
- Um Calculador de Improbabilidades. Lisboa: Quimera (2001)
- O Pavão Negro. Prefácios da Autora e de Paulo Cunha e Silva, Lisboa: Assírio & Alvim (Prémio de Consagração da Associação Portuguesa de Críticos Literários) (2003)
- Itinerários. Vila Nova de Famalicão: Edições Quasi (2003)
- Fibrilações. Edição bilingue. Tradución ó castelán de Perfecto E. Cuadrado, Lisboa: Quimera (2005)
- A Idade da Escrita e outros poemas. Antoloxía con org. e pról. de Floriano Martins, São Paulo: Escrituras (2005)
- 463 Tisanas. Prefacio da autora, Lisboa: Quimera (2006)
- A Neo-Penélope. Lisboa: &etc (2007)
Prosa
editar- O Mestre. Lisboa: Arcádia (1963). 2.ª ed.: Prefácio de Maria Alzira Seixo, Lisboa: Moraes Editores (1976). 3ª ed.: Prefácios de Silvina Rodrigues Lopes e Simone Pinto Monteiro de Oliveira e posfácio da Autora, Lisboa: Quimera (1995). 1.ª ed. brasileira: Prefácio de Nadiá Paulo Ferreira, Río de Xaneiro: 7LETRAS (2006)
- No Restaurante. In Antologia do Conto Fantástico Português. Edições Afrodite de Fernando Ribeiro de Mello (1967). 2.ª ed.: idem (1974). [3.ª ed.]: Lisboa: Arte Mágica Editores (2003)
- Crónicas, Anacrónicas Quase-tisanas e outras Neo-prosas. Lisboa: Iniciativas Editoriais (1977)
- O Tacto. En Poética dos cinco sentidos. Lisboa: Livraria Bertrand (1979)
- Anacrusa: 68 sonhos. Lisboa: & Etc (Sonhos da Autora comentados por varios autores) (1983)
- Elles: um epistolado (con Alberto Pimenta). Lisboa: Editorial Escritor (1999)
- O Neo-Ali Babá. En Mea Libra - Revista do Centro Cultural do Alto Minho, n.º 14, Viana do Castelo (2004)
Ensaio e edicións críticas
editar- Nove Incursões. Lisboa: Sociedade de Expansão Cultural (1962)
- O Espaço Crítico: do simbolismo à vanguarda. Lisboa: Caminho (1979)
- A Experiência do Prodígio - Bases Teóricas e Antologia de Textos-Visuais Portugueses dos séculos XVII e XVIII. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda (1983)
- Defesa e Condenação da Manice. Lisboa: Quimera (Apresentação, notas e fixação do texto) (1989)
- Poemas em Língua de Preto dos Séculos XVII e XVIII. Lisboa: Quimera (Presentación, notas e fixação do texto) (1990)
- Elogio da Pintura de Luís Nunes Tinoco. Con estudo crítico de Luís de Moura Sobral, Lisboa: Instituto Português do Património Cultural (Presentación e edición) (1991)
- A Preciosa de Sóror Maria do Céu. Lisboa: Instituto Nacional de Investigação Científica (Edição actualizada do códice 3773 da Biblioteca Nacional precedida dun estudo) (1991)
- Lampadário de Cristal de Frei Jerónimo Baía. Lisboa: Editorial Comunicação (Apresentação crítica, fixação do texto, notas, glossário e roteiro de leitura) (1991)
- O Desafio Venturoso de António Barbosa Bacelar. Lisboa: Assírio & Alvim (Organização e prefácio) (1991)
- Triunfo do Rosário: repartido em cinco autos de Sóror Maria do Céu. Lisboa: Quimera (Tradução e apresentação) (1992)
- A Casa das Musas: uma releitura crítica da tradição. Lisboa: Editorial Estampa (1995)
- O Ladrão Cristalino: aspectos do imaginário barroco. Lisboa: Edições Cosmos (Prémio de Ensaio da Sociedade Portuguesa de Autores, 1998) (1997)
- Frutas do Brasil numa nova, e ascetica monarchia, consagrada à Santíssima Senhora do Rosario de António do Rosário. Lisboa: Biblioteca Nacional (Apresentação) (2002)
- Poesia Incurável: aspectos da sensibilidade barroca. Lisboa: Editorial Estampa (2003)
- Interfaces do Olhar - Uma Antologia Crítica / Uma Antologia Poética. Lisboa: Roma Editora (2004)
- Obrigatório não ver. Lisboa: Quimera (2009)