Castelo de Melgaço: Diferenzas entre revisións

Contido eliminado Contido engadido
dando formato
remato de traducir
Liña 1:
{{entradución}}
 
{{Coordenadas|42_06_N_08_15_W| 42° 06' N / 8° 15' O}}
 
Liña 7 ⟶ 5:
O '''castelo de Melgaço''' é unha fortaleza medieval situada na vila de [[Melgaço]], no [[distrito de Viana do Castelo]] ([[Portugal]]).
 
Principal defensa raiana do [[Alto MinhoMiño]] no [[século XII]], convertiuse na centinela máis setentrional de Portugal, no trecho onde o [[río Miño]] inicia a súa función fronteiriza, vixiando a travesía cara a [[Galiza]].
 
==Historia==
===O castelo medieval===
A construçãoconstrución do castelo remontaremóntase a [[1170]], por determinaçãodeterminación de [[Afonso I de Portugal|D. Afonso Henriques]] (1112-1185). O primeiro documento, entretanto,referido a referir aá povoaçãopoboación é a [[aforamento|Carta''carta de Foral]] que lhe foi passada pelo soberano em [[1183aforamento]]'', (eredactada nãoen [[11811183]] como tem sido repetido em função de erro de transcrição), garantindo aos seus habitantes (por solicitaçãosolicitude dos própriosmesmos) privilégiosprivilexios semelhantessemellantes aos que gozavagozaba o feudo galego de [[Ribadavia]]. A partir de entãoentón, a vila fronteiriçafronteiriza progrediumedrou comcon rapidez, de tal forma quee o primitivo castelo estariaestaba xa concluído no início do [[século XIII]], dividindo-sesegundo osdiversos autores entre os anos de [[1205]] e de [[1212]], ano emeste no que, juntamentexunto comcon outras praçasprazas vizinhasveciñas, fezfixo frentefronte àá invasãoinvasión das forçasforzas do [[reino de LeãoLeón]] no contexto da disputa entre [[Afonso II de Portugal|D. Afonso II]] (1211-1223) e suasas súas irmãsirmás. ContribuíramContribuíron para esta campanhacampaña construtiva, alémamais dos própriospropios habitantes e do apoio real, os recursos do [[Mosteiromosteiro de Longos Vales]] e do [[Mosteiromosteiro de Fiães]].
 
O seu filho e sucessor, [[Sancho II de Portugal|D. Sancho II]] (1223-1248) deixou a cargo do Concelho a nomeação do [[alcaide]], privilégio que, [[Afonso III de Portugal|D. Afonso III]] (1248-1279), ao conceder à vila, em [[1258]], um segundo foral, reivindicou novamente para a Coroa. A construção da cerca da vila, iniciada em [[1245]] e cujo troço oeste foi concluído em [[1263]], inscreveu-se numa grande campanha de obras empreendida por este soberano, que atualizou as defesas do castelo, uma vez mais com o apoio do Mosteiro de Fiães. A placa epigráfica no portão principal, assinalando este último ano, registra as identidades do responsável pelos trabalhos, o alcaide [[Martinho Gonçalves]], e o seu arquiteto, Fernando, Mestre de Pedraria.
 
O seu filhofillo e sucessorsucesor, [[Sancho II de Portugal|D. Sancho II]] (1223-1248) deixou a cargo do Concelhoconcello ao nomeaçãonomeamento do [[alcaide]], privilégioprivilexio que, [[Afonso III de Portugal|D. Afonso III]] (1248-1279), ao conceder àá vila, emun segundo foral en [[1258]], um segundo foral, reivindicou novamente para a Coroa. A construçãoconstrución da cerca da vila, iniciada emen [[1245]] e cujocujxo troçotrozo oeste foi concluído emen [[1263]], inscreveu-seinscrebiuse numanunha grandegran campanhacampaña de obras empreendidaemprendida por este soberano, que atualizouactualizou as defesasdefensas do castelo, umaunha vez maismáis com oco apoio do Mosteiromosteiro de Fiães. A placa epigráfica no portãoportón principal, assinalandosinalando este último ano, registrarexistra as identidades do responsávelresponsábel pelosdos trabalhostraballos, o alcaide [[Martinho Gonçalves]], e o seu arquitetoarquitecto, Fernando, Mestre de PedrariaPedraría.
Em [[1361]] o trânsito entre Portugal e a Galiza deveria ser feito, obrigatoriamente, por Melgaço, dado revelador da sua importância, à época.
 
En [[1361]] o tránsito entre Portugal e Galiza debía realizarse, obrigatoriamente, por Melgaço, dato revelador da súa importancia nesa época. No contexto da [[crise de 1383-1385]], a vila e o seu castelo seguiramseguiron a tendênciatendencia do norte de Portugal, mantendo o partido a prol de D. Beatriz. NoA iníciocomezos de [[1387]], governadosgobernados por umun alcaide castelhanocastelán, sofreramsufriron o assédioasedio das tropas portuguesas sobso o comando de [[João I de Portugal|D. João I]] (1385-1433), vindocaendo a cair ao fim detras umaunha denodada resistênciaresistencia de quasecase doisdous meses.
 
EmEn [[1492]] Melgaço era umun dos cinco únicos lugares da fronteira portuguesa facultados para ingressoo ingreso dos [[judeuxudeu]]s expulsosexpulsados dade EspanhaEspaña (sefarditas[[sefardita]]s). AindaAínda sobso o reinado de [[Manuel I de Portugal|D. Manuel]], as defesasdefensas da vila e o seu castelo encontram-seeestaban figuradas por [[Duarte de Armas]] (''[[Livro das Fortalezas]]'', c. 1509), integradas por trêstres [[torre]]s e duasdúas [[porta]]s.
 
===A fortificaçãoFortificación setecentista===
No [[século XVII]], no contexto da [[Guerraguerra da Restauração]] da independênciaindependeência portuguesa, as defesasdefensas da vila sofreramsufriron obras de adaptaçãoadaptación aos avançosavances da [[artilhariaartillaría]], recebendorecibendo linhasliñas [[baluarte|abaluartadas]] que envolveramenvolveron o recinto medieval.
 
===Do século XX aosá nossos diasactualidade===
O castelo foi Classificadoclasificado como [[Monumento Nacional]] por Decreto publicado emo [[23 de Junhoxuño]] de [[1910]], tendoe a muralhamuralla da vila sidofoino classificadapolo dodecreto mesmo modo, com publicaçãopublicado emo [[19 de Fevereirofebreiro]] de [[1926]].
 
ACon intervençãotodo, a intervención do poder público, entretanto, veio a se fazerfixo sentir naa partir da [[década de 1960]], mantendo as características construtivas do conjuntoconxunto. Recentemente, comco o desenvolvimentodesenvolvemento de projetosproxectos de valorizaçãovalorización do núcleo histórico da vila, a [[torre deda menagemhomenaxe]] do castelo foi requalificadarecalificada como núcleo museológicomuseolóxico, expondo osas testemunhostestemuñas obtidosobtidas pelapola pesquisa [[arqueologiaarqueoloxía|arqueológicaarqueolóxica]].
 
==Características==
O castelo apresentapresenta [[planta (geometria descritiva)|planta]] no formatopranta circular, pouco vulgarcomún no país, divididodividida emen trêstres recintos. As [[muralhamuralla]]s, onde se rasgamrasgan duasdúas [[porta]]s, sãoson encimadas por [[ameiaalmea]]s prismáticas e reforçadasreforzadas por trêstres [[torre]]s, sendo a principal a que se encontrasitúa voltada paracara oao núcleo urbano, de seçãoseción pentagonal. O conjuntoconxunto é dominado pelapola [[torre deda menagemhomenaxe]].
 
A torre deda menagemhomenaxe apresentapresenta plantapranta de formato quadrangularcadrangular, isolada aono centro do pátio[[patio de armas]]. Tanto ela quantocomo a muralhamuralla circundante, foramforon integralmente reconstruídas, depreendendo-sedesprendéndose a suasúa característica [[Arquitectura românica em Portugal|românica]] apenas pelopolo desenhodeseño destedo conjuntoconxunto: umaunha sólida torre quadradacadrada isolada no centro do recinto muralhadoamurallado. A torre divide-sedivídese internamente emen trêstres pavimentosandares, iluminados por algumasalgunhas frestas. O coroamento é feito por umun remate emen balcãobalcón comcon ameiasalmeas, hojena requalificado comoactualidade miradouromiradoiro do museumuseo arqueológicoarqueolóxico estabelecidoestablecido nas dependênciasdependencias da torre.
 
Hai dúas portas de acceso: o portón principal cara ao oeste, de maiores dimensións, accede á praza de armas, na que se abre unha [[cisterna]], onde se localizaría a alcaidaría. A porta da traición, cara ao norte, é de menores dimensións.
Com relação às portas, são duas:
*o portão principal, a oeste, de maiores dimensões, acede a praça de armas, na qual se abre uma [[cisterna]], onde se localizaria a alcaidaria; e
*a porta da traição, a norte, de menores dimensões.
 
SubsistemSubsisten parte da [[barbacãbarbacana]] diante da porta principal, e as torres que a flanqueavamfranqueaban umaunha das portas da cerca. GraçasGrazas àsás recentes pesquisas arqueológicasarqueolóxicas, que colocarampermitiron a descobertodescubrir trechos expressivosexpresivos da cerca gótica, podemos hoje fazeré idéiaposíbel doconfigurar seuo traçadotrazado originalorixinal.
 
== Alcaides de Melgaço ==
*[[Gomes Gonçalves de Abreu]] foi o 4.º [[Alcaide|Alcaide-mor]].
 
==A lendaLenda da Inês Negra==
{{AP|[[Lenda da Inês Negra]]}}
 
==Galería==