José Gil

filósofo portugués



José Gil, nado en Muecate (Mozambique) o 15 de xuño de 1939, é un filósofo, ensaísta e profesor universitario portugués.

Infotaula de personaJosé Gil
Biografía
Nacemento15 de xuño de 1939 Editar o valor em Wikidata (84 anos)
Mozambique Editar o valor em Wikidata
Datos persoais
País de nacionalidadePortugal Editar o valor em Wikidata
EducaciónUniversidade de Lisboa Editar o valor em Wikidata
Actividade
Ocupaciónfilósofo , ensaísta Editar o valor em Wikidata
LinguaLingua francesa e lingua portuguesa Editar o valor em Wikidata

Traxectoria editar

Naceu na por entón África Oriental Portuguesa. Estudou Matemáticas na Facultade de Ciencias da Universidade de Lisboa, antes de partir para Francia, exiliado durante a ditadura de Salazar. Licenciouse en Filosofía, pola Universidade da Sorbona, en 1968. Un ano despois obtivo o grao de mestre cunha tese sobre a moral de Immanuel Kant. Iniciou a súa carreira como profesor do ensino secundario. Coordenou o departamento de Psicanálise e Filosofía da Universidade de París VIII en 1973.

En 1976 José Gil regresou a Portugal para ser adxunto do Secretário de Estado do Ensino Superior e da Investigação Científica.[1] Ensinou Estética e Filosofía contemporánea na Facultade de Ciencias Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, tamén no Colexio Internacional de Filosofía de París e na Universidade de São Paulo. En 2004 publicou Portugal, Hoje. O Medo de Existir, a súa primeira obra escrita directamente en portugués.[2]

José Gil foi considerado polo semanario francés Le Nouvel Observateur, un dos 25 grandes pensadores do mundo.[3][4] Herdeiro da fenomenoloxía, que estudou en Francia, é un pensador que pon o corpo no centro da súa reflexión.[5]

Foi Premio Vergílio Ferreira en 2012.

Obras editar

  • As metamorfoses do corpo (1981). Regra do jogo.
  • La Crucifiée (1983). Éditions de la Différence.
  • Un'Antropologia delle Forze (1983). Einaudi.
  • La Corse, entre la liberté et la terreur – Étude sur la dynamique des systèmes politiques corses (1984). Éditions de la Différence (2.ª ed.1991).[6]
  • Métamorphoses du corps (1985). Éditions de la Différence.
  • A Crucificada (1986). Relógio d'Água.
  • Fernando Pessoa ou a Metafisica das Sensações (1987). Relógio d'Água.
  • Fernando Pessoa ou la métaphysique des sensations (1988). Éditions de la Différence.
  • Corpo, Espaço e Poder (1988). Litoral Edições.
  • Cemitério dos Desejos (1990). Relógio d'Água.
  • Cimetière des Plaisirs (1990). Éditions de la Différence.
  • O Espaço Interior (1994). Presença.
  • Os Monstros (1994). Quetzal. (2ª ed. 2006. Relógio d'Água).
  • Salazar: a Retórica da Invisibilidade (1995). Relógio d'Água.
  • O ensaísmo trágico de Eduardo Lourenço (1996). Con Fernando Catroga. Relógio d'Água.
  • A Imagem-Nua e as Pequenas Percepções (1996). Relógio d'Água.
  • Metamorfoses do Corpo (1997). Relógio d'Água.
  • Diferença e Negação na Poesia de Fernando Pessoa (1999). Relógio d'Água.
  • Movimento Total: O Corpo e a Dança (2001). Relógio d'Água.
  • A Profundidade e a Superfície: Ensaio sobre o Principezinho de Saint-Exupéry (2003). Relógio d'Água.
  • Portugal, Hoje: O Medo de Existir (2004). Relógio d'Água.
  • Sem Título: Escritos sobre Arte e Artistas (2005). Relógio d'Água.
  • Ao meio-dia, os passáros (2008). Relógio d'Água.
  • O imperceptível devir da Imanência (2008). Relógio d'Água.
  • Fractura possível (2008). Edium.
  • Em busca da identidade: o desnorte (2009). Relógio d'Água.
  • O devir-eu de Fernando Pessoa (2010). Relógio d'Água.
  • A arte como linguagem (2010). Relógio d'Água.
  • O humor e a Lógica dos Objectos de Duchamp (2011). Con Ana Godinho. Relógio d'Água.
  • Cansaço, Tédio, Desassossego (2013). Relógio d'Água.
  • Pulsações (2014) Org. Ana Godinho. Relógio d'Água.
  • Poderes da pintura (2015).Relógio d'Água.
  • Ritmos e Visões (2016). Relógio d'Água.
  • Caos e Ritmo (2018). Relógio d'Água
  • Trajectos filosóficos (2019). Relógio d'Água.
  • O tempo indomado (2020). Relógio d'Água.

Notas editar

  1. "José Gil Wook". www.wook.pt (en portugués). Consultado o 2020-08-28. 
  2. "Premio Vergilio Ferreira a Jose Gil". Rostos on-line (en portugués). Consultado o 2020-08-28. 
  3. Relea, Francesc (2010-06-06). "Portugal no quiere ser Grecia". El País (en castelán). ISSN 1134-6582. Consultado o 2020-08-28. 
  4. "José Gil distinguido pelo Le Nouvel Observateur - DN". www.dn.pt (en portugués). Arquivado dende o orixinal o 27 de setembro de 2020. Consultado o 2020-08-28. 
  5. "José Gil (filósofo)" (en castelán). 2020-02-20. 
  6. in José Gil, Portugal, Hoje: O Medo de Existir, Relógio d'Água, Lisboa, Março de 2005 (6.ª reimpressão). ISBN 972-708-817-1